Rodas – Entendendo o raio de rolagem
Rodas – Entendendo o raio de rolagem
Raio de rolagem não é mesmo coisa fácil de entender. Vamos tentar explicar de outra maneira. Um bicicleta tem raio de rolagem zero, já que o eixo de direção, que é determinado pelo “queixo” do quadro, coincide com o centro do ponto de contato da roda dianteira com o solo. Ou seja, bicicletas (e motocicletas) não têm raio de rolagem. Só teriam se a roda fosse deslocada para a direita ou para a esquerda em relação ao eixo de direção. Deu para perceber?
Agora, o efeito: se o deslocamento fosse para a direita, o que iria acontecer? Seria produzido um torque, que é o produto de uma força — a resistência à rolagem da roda — por uma distância, justamente o quanto o ponto de contato foi deslocado em relação ao eixo de direção. O ciclista teria de fazer certa força para manter a bicicleta na reta. Se soltasse o guidão, haveria esterço imediato para aquele lado.
No automóvel existe essa distância entre o eixo de direção (em torno do qual a roda esterça) e o ponto de contato da roda com solo, exatamente no meio da banda de rodagem (é mais fácil visualizá-lo pensando num pneu fino de bicicleta, mas é sempre no meio). Sempre se acreditou que o deslocamento poderia ser além do eixo de direção, que é uma linha imaginária, situação chamada raio de rolagem positivo.
Há várias razões para isso. É mais fácil a construção, seja nos eixos rígidos de antigamente, seja nas mangas de eixo das suspensões independentes. Depois, a inclinação do eixo de direção pode ser menor, o que resulta em direção mais leve (maior a inclinação, mais o carro sobe ao ser esterçada a roda). Coube aos engenheiros da GM inverter o raio de rolagem, isto é, tornar o deslocamento aquém do eixo de direção, surgindo o raio de rolagem negativo. Isso ocorreu com o Oldsmobile Toronado, em 1966, o primeiro carro americano de tração dianteira da era moderna.
A vantagem do raio de rolagem negativo é a roda tender a convergir em caso de impacto contra obstáculo ou houver aumento de resistência ao rolamento, como em caso de perda de ar súbita, contribuindo para a estabilidade direcional e para a segurança como um todo (pense no exemplo da bicicleta, só que neste caso a tendência de esterço é favorável, ao anular o efeito de perturbação do impacto ou pneu vazio).
Mas a excepcional contribuição do raio de rolagem negativo foi ter tornado possível os circuitos hidráulicos dos freios dispostos em diagonal — roda dianteira de um lado com traseira de outro e vice-versa. O motorista pode contar com freio dianteiro e 50% da capacidade de frenagem no caso de falha de um dos circuitos sem que carro perca a trajetória. O circuito duplo por eixo é totalmente ineficaz em caso de falha hidráulica dianteira, pois o carro perde os freios mais importantes, que chegam a representar 80% do total. Após tudo o que foi dito, deve ficar fácil para o leitor entender como a profundidade de montagem (off-set) da roda influencia o raio de rolagem.
AutoGarage Franquia de Classificados Automotivos - clique aqui e saiba mais
Receba Nossas Ofertas
Leia Mais
Como conservar os pneus guardados?
Como conservar os pneus guardados?
Os pneus devem ser guardados em local seco, sem contato com qualquer derivado de petróleo, o que atacaria a borracha. É preferível deixá-los montados nas rodas, pois a pressão interna contribui para manter sua forma original. Pela mesma razão, prefira armazená-los em posição horizontal, podendo-se empilhar os quatro sem problemas. Não é preciso exagerar na pressão: aquela utilizada quando montados no veículo é suficiente.
Uma boa medida é colocar cada pneu em uma embalagem plástica (saco de lixo, por exemplo), retirando ao máximo o ar e fechando-a. Isso retarda a oxidação que ocorre em contato com o ar. De qualquer modo, a recomendação é que não sejam utilizados pneus com mais de cinco anos desde a fabricação, mesmo que em bom estado e com banda de rodagem sobrando: após esse período a borracha se degrada, o que pode ser perigoso.
AutoGarage Franquia de Classificados Automotivos - clique aqui e saiba mais
Receba Nossas Ofertas
Leia Mais
Para que serve o amortecedor de direção?
Para que serve o amortecedor de direção?
Serve para controlar as oscilações do volante quando se trafega em piso irregular, onde as rodas são submetidas em momentos diversos às irregularidades. Sua instalação ou não é determinada pelo fabricante, que analisa se o nível de oscilações pode chegar a um padrão aceitável sem sua utilização.
AutoGarage Franquia de Classificados Automotivos - clique aqui e saiba mais
Receba Nossas Ofertas
Leia Mais